A própria eletricidade deu um fim nisso. Quando lembranças e sonhos, mortos e fantasmas se tornam tecnicamente reprodutíveis, então a força da alucinação se torna desnecessária, tanto nos escritores quanto nos leitores. Nosso reino dos mortos deixou os livros nos quais habitou por tanto tempo. Não é mais “só por meio da escrita que os mortos permanecem no pensamento dos vivos”, como certa vez escreveu Diodoro Sículo. O nosso reino dos mortos transformou-se num espetáculo midiático. (KITTLER, 2019, p.33)