outras FICÇÕES
a poesia foi a travessia… (2020)
O transverso da vida é a ferida que vem, meu bem, e te tem até te atravessar. Me equilibrando sobre o verso, repenso o lugar da poesia nessa linha cheia de nós que é a vida.
depois é sempre muito tarde (2020)
O letreiro neon instalado na janela de um apartamento de São Paulo como exercício da pesquisa teórica que desenvolvi na tese Palavra em performance: reverberação do gesto na arte pública.
quando essa merda toda… (2020)
Em 2020, o território seguro de casa passou a admitir ainda mais o substantivo “limpeza”. Na publicidade, nas notícias, no TikTok, a venda dos produtos de higiene disparou. E a poesia com isso?
aprendendo a prescrever (2020)
A ideia que temos dos nomes é a ideia que aprendemos com os nomes. O céu é azul, inclusive quando é cinza, quando é laranja. A língua prescreve o nosso imaginário. E o horizonte é isso: um h-o-r-i-z-o-n-t-e.
TODOS DESPROTEGIDOS (2019)
Do que você tem tentado se proteger? Depois de ter experimentado a pergunta em sala de aula, resolvi levar o projeto para a rua: colecionar os medos de agora e circulá-los num painel de LED na janela de casa.
VENDO DADOS (2019)
A negociação de dados, na era Cambridge Analytica, confrontada com a informalidade do trabalho + exclusão diante das lógicas por trás da digitalização da cultura e da economia.
BECKETTÉRICAS (2017-19)
Trechos de Esperando Godot colados sobre cenas em lotéricas capturadas no Maps. A transposição dos diálogos circulou em lambes por São Paulo.
PRESENTÉRITOS (2017)
Na vida real, o playmobil era muito caro. Na vida real, vou ser Jean Cocteau. Performance no Ampliterra 3: a escrita do tempo é um exercício de imaginação.
b é uma labial (2019)
É entrar ou passar por fora. Correr risco, outro risco, ou investir na ideia de que estamos salvos. Performance desenvolvida no Diversitas-USP, no Teatro Faroeste.
oblivion + bodies (2018)
O apagamento social de certas formas de existir na colaboração com a iniciativa Silence is golden. As letras como corpos, a combinação de corpos como palavras.
wu ming tribute (2019)
Redescobrindo a atualidade de Luther Blissett e das estratégias poéticas de resistência à comoditização da privacidade e de outras baixarias.
GOD SAVE THE BEAN (2019)
O que foi do punk e dos situacionistas? Intervenções sobre garfos que colocam na mesa o debate sobre a recuperação do détournement na era do Instagram.
CARA-METADE (2017)
A identidade através do tempo: no que foi, a saudade do que viria. Tendo sido, a falta do que não é mais. Montagens com fotos 3x4 colecionadas pelo caminho.
sNPB (2007-2013)
Si no puedo bailar, no es mi revolución manteve uma rede de projetos e intercâmbios entre artistas latino-americanos, na música e na ilustração.