Breve trecho do ótimo livro de Isleide Arruda Fontenelle. A professora da FGV busca remontar, cronologicamente, os giros que, no mundo ocidental, trouxeram o consumo - material e "simbólico" - para o centro das nossas rotinas. Vários episódios e detalhes ajudam a dar forma a esse movimento da cultura, que tem assumido diferentes tons do fim do século XIX até agora. Destaco, porque chamou muito minha atenção, o comentário sobre a "conquista da autonomia do vestuário", a partir da primeira fase da revolução industrial, quando a emergência de uma nova subjetividade passa a dispor da liberdade de escolha (e encarnação) da própria roupa, até então determinada por leis e regulamentações de classe.
Depois, fui olhar a página do Victoria and Albert Museum, para imaginar, com mais elementos, essa emergente "moda do consumo" da segunda metade do século XIX.