arte (des)objeto

A concepção dessa objetividade exemplar está por trás do diagnóstico da morte da arte, no final do livro. Argan via a criação artística como esse modelo por excelência das atividades produtoras, por meio das quais o homem fabricava objetos, organizava e atribuía significado ao mundo em torno dele. Mas os rumos da arte contemporânea - passando pela arte pop, pela arte conceitual, pelas performances etc. - apontavam em grande medida para o fim da obra enquanto produção de objetos. Basta lembrar, a esse respeito, o argumento do artista conceitual Joseph Kosuth de que os objetos eram conceitualmente irrelevantes para a condição de arte.
— Pedro Süssekind (2017, p.53)