A organização do (eco)sistema das artes, as lógicas de produção e circulação da obra, na contemporaneidade, são questões recorrentes diante da discussão das fronteiras entre arte e entretenimento, arte e publicidade.
É sempre curioso observar ecos da estética de tradição idealista nas posições de defesa da autonomia do objeto artístico. Por outro lado: como, se é que é necessário, separar artistas e operadores do mercado, criadores livres e reprodutores orientados pelo consumo? Faz sentido admitir que são subjetividades que se guiam pelo "grau" de resistência que oferecem às engrenagens do capital transnacional gato miau?
Esses debates vão e voltam, dão voltas ao redor do próprio rabo, e dificilmente terminam em interpretações definitivas. Seja como for, foi nisso tudo que pensei quando li essa reportagem sobre a aquisição de trabalhos do OPAVIVARÁ pelo Guggenheim.