Esse discurso seria verdadeiro se pudéssemos afirmar pura e simplesmente que a loucura é um mal; na realidade, entretanto, os maiores benefícios nos são transmitidos por meio da loucura, quando são enviados como uma dádiva dos deuses. […]
E, a propósito, vale a pena também registrar o fato de que os homens do passado que conceberam nossa linguagem não pensavam que a loucura fosse vergonhosa ou ignominiosa; se assim fosse, não teriam associado a própria palavra manía (loucura) à mais nobre das artes, a que prediz o futuro, chamando-a de mânica.
(Fedro, Platão)