Às vezes, acontece de acontecer um fim de sábado mais úmido, as copas todas balançando aquele frio parecido com o seu, a tarde que você passou em casa, tantos anos atrás, a tevê ligada num programa que você nunca via em dia de semana. Mas a tarde, agora, anos depois, fica mais gelada, porque cruza um vídeo, um som, essa melodia compacta e tão capaz de explicar um modernismo tardio; você pensa em Roedelius caminhando numa rua em preto e branco, as coisas mudam, mas continuam iguais, parece, por mais distantes que estejam umas das outras, o kraut, o ambient, 1995; é intenção que não acaba mais.